Ninguém escolhe a dor ou o isolamento emocional por vontade própria. Infelizmente não existe nenhuma anestesia para não sofrer; mas viver é confrontar provocações com integridade, valentia e ilusões renovadas.
Há quem confronte melhor as decepções e quem, por outro lado, as interiorize permitindo que minem sua autoestima. No fim das contas, Nenhuma tristeza é vivida de igual maneira, mas existe um sintoma muito comum que, de algum modo, todos teremos que experimentar alguma vez: a anedonia.
A anedonia é a incapacidade de sentir prazer e aproveitar as coisas boas. Nosso cérebro, por assim dizer, “decide se desconectar”. Não sentir para não sofrer, isolar-se, ficar anestesiado. Já aconteceu isso com você?
Fato é que quando a anedonia aparece em nosso cérebro, como ela não está nos causando nenhum bem.
Alguns pontos a serem considerados sobre a anedonia:
- não é uma doença, nem um transtorno: é um sintoma de algum processo emocional ou de algum tipo de doença.
- Pode se manifestar como resultado de uma esquizofrenia ou de demências como o Alzheimer, além de estar associada a depressão.
- Todos, em maior ou menor medida, experimentamos anedonia alguma vez:
- Se esse estado se tornar crônico e se prolongar no tempo, nossas estruturas cerebrais sofrem mudanças, e isso afeta nossos julgamentos, pensamentos e emoções.
- O lóbulo frontal, relacionado com a tomada de decisões, se reduz.
- Os gânglios basais, relacionados com o movimento, ficam afetados até o ponto em que até nos levantarmos da cama exige um grande esforço.
O hipocampo, relacionado com as emoções e a memória, também perde volume.
Não sentir para não sofrer não é um mecanismo adequado com o qual viver. Ele permitirá que você “sobreviva”, mas estando vazio/a por dentro. Não se permita ser um prisioneiro eterno do sofrimento e procure ajuda psicológica.
Texto originalmente publicado em amenteemaravilhosa e adaptado pela equipe do blog Educadores.