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Florianópolis paga aos catadores por triagem de recicláveis

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As catadoras e os catadores de materiais recicláveis são trabalhadores autônomos responsáveis por grande parte da coleta seletiva no Brasil. Mas mesmo sendo tão importantes, esses profissionais não são remunerados pela maioria dos municípios.

No entanto, em Florianópolis, capital de Santa Catarina, essa realidade mudou: iniciou-se o  pagamento em dinheiro pela triagem de recicláveis às cooperativas e associações de catadores da cidade.

“Até o momento nossa parceria garantia que os resíduos chegassem até aos galpões de separação sem nenhum custo, através dos caminhões do sistema de coleta. O lucro dos profissionais da triagem vinha da comercialização do material triado. Esse pagamento pelo poder público vai fortalecer o trabalho”, explica o secretário de meio ambiente e desenvolvimento sustentável, Fábio Braga.

Como vai funcionar

Seguindo a orientação da Política Nacional de Resíduos Sólidos de priorizar a participação de cooperativas ou associações de catadores de baixa renda, a remuneração será destinada para seis unidades de triagem. Essas unidades serão selecionadas por meio de credenciamento via chamada pública realizada em 2022. Serão pagos R$ 72,23 por tonelada de resíduo seco reciclável triado e encaminhado à reciclagem, independente da tipologia.

“O objetivo do credenciamento foi possibilitar a inserção formal das cooperativas e associações no sistema de coleta seletiva, com profissionalização e garantia do cumprimento dos requisitos ambientais, trabalhistas, fiscais e sociais, além de aumentar a renda para os catadores que são imprescindíveis ao processo de gestão dos resíduos”, salienta a gerente da divisão de planejamento da Secretaria de Meio Ambiente, Daiana Bastezini.

Mas as boas notícias são param por aí…

Florianópolis também terá a ampliação da coleta de vidros com a instalação de 100 novos PEVs (Pontos de Entrega Voluntária) de vidro. A estimativa da capacidade de recolhimento é ultrapassar as sete mil toneladas.

Bacana, não é mesmo? Outras cidades poderiam seguir este mesmo exemplo.

Texto originalmente publicado em ciclovivo e adaptado pela equipe do blog Educadores.