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Como lidar com uma parte sua que você não gosta?

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Se odiar não é opção

Nós, mulheres, sempre sofremos pressão relacionada com a nossa aparência estética. Sempre sofremos comparações e aprendemos desde cedo a odiar tudo que é nosso. Nosso tipo de cabelo, nossas sardas, nossas dobras, nossos braços… Aprendemos que não somos perfeitas e, até pouco tempo, viver em busca da perfeição era obrigatório. Você não tinha a opção de se amar.

Bem… Ainda hoje o fato de se amar não é fácil. Não podemos dizer que os padrões deixaram de existir. Mas de fato, hoje, se fala muito mais de amor próprio e aceitação do que há alguns anos atrás. A cada dia que passa aprendemos mais e mais sobre o que é ser mulher e como podemos ser a nossa melhor versão sem rótulos e sem moldes.

Amar a si mesma, ao seu corpo, as suas características, depende de um exercício diário. Você precisa lidar com aquilo que você não acha bonito em si mesma e entender que faz parte de você e que esse pedaço que você não gosta tanto também merece amor.

Nunca se ouviu falar tanto em cirurgias estéticas. Isso virou algo tão natural quanto ir fazer as sobrancelhas no salão. Se alguém não gosta de algo em si, é fácil de resolver. O que uns chamam de harmonização, de cirurgia estética, outros chamam de mutilação. Parece prático arrancar pedaços de pele, quebrar ossos e colocar coisas no nosso corpo que não pertencem a ele.

Eu percebo que é mais fácil você fazer as pazes com a lâmina do que com o seu corpo e o problema não está em destacar você, em “melhorar” detalhes. O problema está quando você não se aceita por inteira e a cada sugestão externa você abrace a ideia de que você precisa mudar isso ou aquilo.

É preciso lutar por você e lutar contra todos os padrões que foram estabelecidos e enfiados “goela a baixo”. É preciso que as mulheres entendam que temos celulites, temos estrias, temos dobrinhas, temos “pelanquinhas” e isso é NORMAL tanto quanto qualquer outra característica nossa. Algumas têm mais peito, outras mais bumbum, outras são altas, outras baixas… Não precisamos nos sentir mal por sermos quem somos.

Como eu disse antes, se amar é um exercício diário. E eu posso te dar uma dica? Sabe aquela parte do seu corpo que você menos gosta? Pois bem, vá para frente do espelho e encare-a por todo o tempo que conseguir. Isso mesmo! No primeiro dia não vai ser fácil. No segundo dia ainda vai ser difícil, mas será menos que antes. Entende? A cada dia que você se olhar e se entender será um pouco de ódio a menos de si mesma. Olhe para o seu corpo, perceba como ele conta a sua história, perceba como ele se liga ao resto de você. É preciso compreender que o seu corpo pertence exclusivamente a você e a mais ninguém.

Amor próprio não é uma conquista fácil. Mas qual conquista é? O importante é você fazer isso por você!