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A relação entre inteligência e depressão

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Pessoas muito inteligentes são mais propensas a desenvolverem depressão

Pessoas inteligentes nem sempre sabem tomar a melhor decisão. Um QI alto não garante a felicidade. Aliás, em muitos casos, pessoas que são muito inteligentes podem acabar ficando aprisionadas pelos seus medos e preocupações extremas, o que acaba desencadeando níveis altos de ansiedade, frustração e desconforto. Esta situação acaba desgastando o otimismo do indivíduo, além de sugar suas energias.

Existe uma tendência em acharmos que todo gênio, seja ele do ramo da arte, física ou da matemática, possui um comportamento “digno de um gênio”. São vistos como pessoas singulares, com peculiaridades, que vivem no seu próprio mundo. Porém, estes gênios brilhantes, que possuem uma criatividade e uma inteligência fora do normal, também possuem melancolia e angústia. Basta estudarmos a vida a fundo das mentes mais geniais que já existiram no mundo para entendermos que esses gênios viviam beirando a tristeza absoluta e a loucura agoniante.

“A inteligência de um indivíduo é medida pela quantidade de incerteza que ele é capaz de suportar” -Immanuel Kant-

Portanto, analisando estes fatos, podemos nos perguntar: há uma ligação entre o QI alto e a depressão? Primeiramente precisamos deixar claro que a inteligência não contribui para o desenvolvimento de qualquer doença mental.

Porém, de fato existe uma predisposição das pessoas muito inteligentes se preocuparem excessivamente com tudo, se criticarem de forma intensa e serem muito negativas. Estes fatores podem acabar resultando em quadros depressivos. É claro que isso não é uma regra. Nem todo gênio vai ter depressão. Mas há uma tendência para isso. É o que apontam diversos estudos e análises.

A PERSONALIDADE DAS PESSOAS INTELIGENTES

Um livro cujo nome é “O cérebro criativo” trata sobre o funcionamento da mente e do cérebro das pessoas mais inteligentes e criativas. O neurocientista Nancy Andreasen apresenta uma análise minuciosa que demonstra que existe uma tendência realmente significativa dos gênios de nossa sociedade em desenvolverem inúmeras doenças como: distúrbios bipolares, depressão, ataques de ansiedade, ataques de pânico.

Aristóteles mesmo, naquela época, já reforçava a ideia de que a inteligência anda de mãos dadas com a melancolia. Mentes brilhantes como Sir Isaac Newton, Arthur Schopenhauer ou Charles Darwin passaram por períodos de neurose e psicose. Virginia Woolf, Ernest Hemingway e Vincent Van Gogh acabaram, inclusive, se suicidando em um momento de tristeza e loucura.

Estes gênios mencionados acima são conhecidos e todo mundo já ouviu falar deles. Mas existem inúmeras pessoas que também são gênios, porém, silenciosos. Pessoas incompreendidas, solitárias, que vivem em uma realidade caótica em sentido.

O PESO DA INTELIGÊNCIA

Estudos realizados vincularam alta inteligência com uma menor satisfação vital. Análises comportamentais registraram que aqueles com QI mais elevados são os que mais tentam suicídio ou acabam se envolvendo com vícios, como o alcoolismo.  

Outra observação baseada em estudos é que pessoas muito inteligentes têm muita dificuldade em compreender as adversidades do mundo. Elas não toleram o egoísmo, irracionalidade e desigualdade do mundo.

PESSOAS INTELIGENTES E A PERCEPÇÃO DA VIDA

Pessoas que são muito inteligentes possuem uma visão da sua vida como se fosse alguém de fora, como se um narrador em terceira pessoa contasse a sua realidade, sem possuir um real envolvimento com o que acontece.

Desta forma, pessoas inteligentes concentram-se exclusivamente na falta de seu ambiente, nesta humanidade desafinada, nesse mundo estrangeiro e egoísta por natureza, no qual é impossível encaixá-lo. Elas não conseguem desenvolver um equilíbrio emocional e sentem-se perdidas e solitárias.

Sendo assim, é possível compreendermos que a inteligência não está relacionada com a sabedoria, já que a sabedoria é o conhecimento vital para que possamos ser felizes.

Fonte: asomadetodosafetos