Início Beleza Usar cabelos longos após os 50? Qual o problema disso?

Usar cabelos longos após os 50? Qual o problema disso?

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Mulheres devem ou não usar cabelos compridos depois dos 50 anos? Esse é um questionamento do mundo da moda e do mundo feminino em geral. Mas a liberdade de escolha, onde fica?

Para a estilista Carolina Herrera, não. Mulher mais velha de cabelo longo mostra que “ela não tem classe.” Mas não tem classe pra quem? Afinal, as mulheres não devem fazer aquilo que elas tem vontade?

Por trás do disso tudo está o estereótipo de que o cabelo comprido entrega ou acentua os efeitos da passagem do tempo. Mas isso não é um problema, certo? Afinal, o tempo passa para todo mundo e esconder isso pra quê?

Veja o que algumas mulheres acima dos 50 anos pensam sobre o assunto:

“Enquanto fizer parte do meu estilo, não vou cortar”

“Tenho o cabelo longo desde quando era adolescente. Sempre gostei de me ver assim no espelho, principalmente porque sou uma mulher alta e acho que os fios compridos combinam com o meu estilo. Mas o passar dos anos, em especial a chegada da menopausa, fizeram com que eu repensasse a relação que tenho com ele. Conforme a mudança de hormônios acontecia, a aparência dos fios ficava mais opaca e comecei a notar uma queda muito grande.

Procurei um médico e dei início à reposição hormonal para tratar do problema. Hoje, sei que meu cabelo exige atenção especial, mas seguindo a rotina certa de cuidados, é possível ter fios longos e saudáveis em qualquer idade. No futuro, talvez eu decida abandonar a tintura e assumir os brancos ou até deixar platinar. Adoro coques com grampos, penteados e tudo que envolve o longo. Enquanto sentir que faz parte do meu estilo, por mais que digam que há outro corte que ‘rejuvenesce’, não vejo motivos para aderir.” (Márcia Pinhata, 50 anos, funcionária pública).

“Só consegui ter o cabelo longo depois de deixá-lo totalmente natural”

Considero que o cabelo reflete o nosso estado de espírito. Por isso, quando era mais jovem, usava os meus fios de diferentes jeitos: com mechas, preto, castanho até vermelho vivo. Gostava muito de variar de acordo com o que estava acontecendo na minha vida naquele momento, porém o excesso de químicas trazia problemas. As mechas raramente cresciam o suficiente para passar da altura dos ombros, o que me incomodava bastante.

A situação só melhorou há cerca de uma década, quando decidi que abandonaria a tinta e deixaria os grisalhos tomarem conta. Conforme os brancos cresciam, eu sentia uma espécie de aura, uma luz saindo da minha cabeça. Era uma energia muito boa. Hoje, meu cabelo é completamente natural e, pela primeira vez na vida, uso o comprimento longo. Sou apaixonada por ele e acho o visual impactante.”

“Já me desentendi com uma amiga por ela achar que eu deveria cortar”

Mas o cabelo muda com a idade?

“Com o passar dos anos, há um afinamento progressivo do fio e redução da densidade geral do couro cabeludo. Isso acontece, principalmente, em função da queda do estrogênio e outras flutuações hormonais do pós-menopausa”, explica a dermatologista Natasha Crepaldi, do Mato Grosso. 

O cuidado com nosso cabelo deve ser preventivo, certo? Quando somos mais novas, devemos tomar os cuidados necessários para quando chegarmos a uma idade mais avançada eles estejam saudáveis. Mas, estando já na idade mais adulta, você pode utilizar suplementos, vitaminas, que auxiliam na reconstrução dos fios e na saúde do seu cabelo.

Texto originalmente publicado em 50emais e adaptado pela equipe do blog Educadores.