Olhar para dentro de si, enxergar quem você é e suas necessidades, quais erros você comete e que te impede de evoluir: isso é o que chamamos de “tomar consciencia”; é despertar para seu eu interior. É isso que permite com que você possa iniciar o processo de cura, se desprendendo do que te machuca e indo em direção daquilo que você merece.
Hoje a sociedade é muito egoísta, centrada apenas nas suas próprias vontades e ambições materiais. As pessoas se conectam cada vez menos com o que é essencial, com a paz de espírito.
“Sabemos o que somos, mas ainda não sabemos o que podemos chegar a ser.” -William Shakespeare-
Muitos saciam vazios emocionais através do prazer da comida, aliviam solidão com relações efêmeras , ou limitam a fugir do tédio através dos telefones celulares.
É verdade que muitos são assim, mas também há muitos que buscam dar um verdadeiro sentido à sua existência. Para isso, cultivam sua essência através de leituras, iniciando terapias, aproveitando as abordagens de diversas perspectivas psicológicas para encontrar essa compreensão.
TOME CONSCIÊNCIA, DESPERTE!
Conseguir que a pessoa tome consciência dos verdadeiros problemas que geram seu desconforto é, na psicoterapia, um dos aspectos primordias para se obter a cura.
Quando psicólogos atendem pacientes, logo se deparam com queixas externas, pessoas que culpam os outros ou fatores diversos para os problemas que possuem. É normal. No entanto, o psicólogo deve, aos poucos, mostrar esse despertar interno. Esse despertar é o que irá conferir um controle autêntico e muito mais pleno à vida do paciente.
É preciso tempo para alcançar isso que a Terapia Gestalt define como “awareness” (dar-se conta de algo) ou que até mesmo a cultura japonesa traduz como “satori” – um processo profundo de compreensão que requer se desfazer de velhos elos enferrujados para obter uma compreensão de si mesmo.
Piaget nos oferece uma abordagem valiosa para refletir: a tomada de consciência não é realmente um “despertar”, nem uma iluminação. Não se trata apenas de tornar consciente o inconsciente, mas de dar a ele uma nova construção! Tornar uma dimensão consciente não servirá de nada se eu não lhe der um propósito, que não é outro senão o de exercer a mudança. Vamos ver como se pode fazer isso?
3 fases do caminho para tomar consciência
Pergunte a si mesmo o que você está sentindo neste instante, explore as sensações, os sentimentos, pergunte também ao seu corpo: você tá sentindo dores de cabeça, nas costas, no estômago…? Traduza esses desconfortos (angustia, medo, etc);
Agora olhe para o seu presente e preste atenção no óbvio, isso que às vezes nos recusamos a olhar de frente: estou investindo esforços em coisas que não valem a pena, meu parceiro não tem diálogo comigo, meus amigos estão preocupados com minha saúde mental…
Por fim, é hora de aprofundar nas suas barreiras defensivas, em seus preconceitos, em suas atitudes. É um passo mais complexo, exige que você encare a si mesmo e se enfrente. Perceba que está usando desculpas para não mudar, e que precisa se esforçar para obter mudança. Começa a exercer o princípio de autoresponsabilidade – ou seja, você é o único responsável por onde estás.
Enfrente a si mesmo e supere-se!
Texto originalmente publicado em amenteemaravilhosa e adaptado pela equipe do blog Educadores.