Para o filósofo Gregorio Luri , deveria se ensinar os filhos a superar as frustrações inevitáveis em vez de fazê-los acreditar na possibilidade de um mundo sem frustrações.
“Primeiro, acho que o que você tem que fazer é amar a vida, não a felicidade. E você não pode amar os dois ao mesmo tempo. Porque a felicidade só pode ser alcançada trazendo vida à vida. Isto é, através da idiotice. Além disso, não creio que existam crianças felizes”.
Para ele, deve ficar claro que o oposto da felicidade não é a infelicidade, é a realidade. Que devemos assumir a complexidade do mundo.
Para o filósofo, o dever como ser humano é desenvolver nossas capacidades mais elevadas, e a felicidade limita isso. A ideia é se certificar de que seus filhos não estejam infelizes, para em seguida ensinar-lhes a lidar com a realidade, com as suas frustrações.
A sociedade, segundo ele, não vai medir seu filho pela sua felicidade, mas sim pelo que ele sabe fazer.
“Tenha um filho feliz e você terá um escravo adulto, seja para seus desejos não realizados ou suas frustrações, ou para alguém que vai mandar em você no futuro”, afirma.
Texto originalmente publicado em elclubdeloslibrosperdidos e adaptado pela equipe do blog Educadores.