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Crianças apresentadas como “Mini-adultos”: o perigo da hiper adultização

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Sabemos que toda criança irá um dia tornar-se adulto e fazer coisas de adulto. No entanto, para tudo há um tempo, certo? Infelizmente nem todos se preocupam com isso e muitos pais e responsáveis acabam atribuindo às crianças comportamentos, vestimentas e até vocabulários que elas não deveriam conhecer.

Ou seja, quando uma criança assume atitudes que não correspondem a sua idade, relacionadas a sua sexualidade, que são aplaudidas por adultos e responsáveis, falamos sobre hiper adultização infantil.

O Relatório Bailey, estudo realizado no Reino Unido define hiper adultização infantil como “a sexualização de expressões, posturas ou códigos de vestuários considerados muito prematuros”. O relatório se refere a utilização de imagens de crianças (meninas) hiper adultização na publicidade, objetivando a venda de alimentos, bonecas, etc.

Segundo a acadêmica Gabriela Orozco, da Faculdade de Psicologia da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), a hiper adultização “exalta a sexualidade das crianças quando elas são apresentadas como mini-adultos” e que é um “processo antinatural e insano para seu desenvolvimento”.

Os adultos também podem influenciar esses comportamentos através de perguntas para as crianças, como “você tem namorado?” e expondo a elas conteúdos proibidos para menores – novelas, filmes, etc.

A hiper adultização pode afetar a saúde física e emocional das crianças: gera ansiedade, insatisfação corporal, e distúrbios alimentares como anorexia e bulimia.

Portanto, cuide de suas crianças! Procure evitar que elas fiquem expostas aos conteúdos da TV e internet sem supervisão. Deixe que elas sejam crianças e se comportem como tal, evitando, assim, a hiper adultização e seus riscos associados.

adultização – ternar adulto antes do tempo

Texto originalmente publicado em reporteindigo.com e adaptado pela equipe do blog educadores.live.