Psoríase: que doença é essa?!
É uma doença inflamatória crônica que provoca lesões na pele e acaba afetando outras partes do corpo, como coração e fígado. Ela causa vermelhidão, descamação e placas na pele de cerca de 5 milhões de brasileiros! Não contagiosa, ela vem com incidência genética em cerca de 30% dos casos.
Notícia boa é aquela que nos traz alegria, não é mesmo? Pois a novidade de um novo medicamento no país que trate a doença da psoríase e veio para fortalecer e renovar nossas esperanças.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou um novo medicamento para os casos de psoríase: o risanquizumabi, da farmacêutica AbbVie. Uma de suas vantagens é administração trimestral após a aplicação das duas primeiras doses, podendo ser aplicado em casa. Não é ótimo?
“Eles bloqueiam a inflamação e o paciente fica quase sem lesões. Essa classe revolucionou o tratamento por deixá-lo mais simples. E são bastante seguros”, afirma a dermatologista Aline Okita que chefia o laboratório de psoríase da Universidade de Mogi das Cruzes, em São Paulo.
O medicamento é injetável e administrado via subcutânea. O paciente recebe a primeira dose e, após 4 semanas, a segunda. Depois disso, se dá início a fase de manutenção, em que o paciente recebe o medicamento a cada três meses. Isso é ótimo e pode ser considerado um avanço, visto que as opções atuais precisam de manipulação várias vezes por semana.
O estudo que trouxe a inovação
Contando com mais de 3000 voluntários, o estudo teve melhora em mais de 80% deles e cerca de 60% se recuperaram completamente ao longo das 52 semanas de tratamento.
Comparado a outros três tipos de medicamentos para psoríase – ustequinumabe, o adalimumabe e um placebo – e em todos os novo medicamento apresentou maior eficácia. “Ela tem uma eficácia bem alta comparada a de outros medicamentos usados hoje em dia. É mais uma opção. O paciente praticamente esquece que tem a doença” comenta a especialista.
Porém,
Consulta Pública avalia o medicamento
O risanquizumabe está em avaliação atualmente na Conitec. Embora o medicamento tenha mostrado uma eficácia maior comparado aos já existentes, seu custo-efetividade ainda é inferior. Isso fez com que a Comissão não recomendasse, a princípio, a sua incorporação no SUS.
Mas o tema segue para que a população ajude a Comissão na recomendação final sobre o medicamento. As pessoas podem participar enviando suas experiências e opiniões até dia 17 de março de 2020.
Texto baseado em saude.abril e conitec.