Não existe criança difícil, o difícil é ser criança em um mundo de pessoas cansadas, ocupadas, sem paciência e com pressa. Existem pais, professores e tutores que se esquecem de um dos compromissos mais importantes da educação de uma criança: o de oferecer aventuras infantis.
Podemos ficar preocupados pelo simples fato de uma criança ser inquieta, barulhenta. Isso não seria demais? Parece que há pais que não querem crianças, e sim robôs.
O normal de uma criança é que ela corra, voe, grite, experimente, se aventure! A criança deve ir descobrindo a própria personalidade, e ir mostrando isso aos pais de forma natural, e não sendo exatamente aquilo que eles querem.
Doenças? Medicação para as crianças? Por quê?
Mesmo estando muito na moda no setor de saúde e escolar, a verdadeira existência do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é muito questionável. Atualmente considera-se que este transtorno é uma caixa onde se amontoam casos diversos, que vão desde problemas neurológicos até problemas de comportamento ou de falta de recursos e habilidades para encarar o dia a dia.
Enquanto isso, estamos supermedicando as crianças que vivem conosco porque elas mostram comportamentos perturbadores, porque não nos mostram atenção e porque parecem não pensar quando realizam as suas tarefas. É um tema delicado, por isso temos que ser devidamente cautelosos e responsáveis.
Como ser cauteloso e responsável? Procurando bons psiquiatras e psicólogos infantis.
Mas é importante salientar que não existe um exame clínico nem psicológico que determine de forma objetiva a existência do TDAH. O diagnóstico é dado conforme o analista conversa com o paciente e descobre mais sobre ele. Inquietante, né?
Devemos colocar os freios e ter consciência de que muitas vezes os que estão doentes são os adultos. Cada vez mais especialistas estão tomando consciência disto e procuram impor restrições a pais e a profissionais que sentem a necessidade de colocar a etiqueta de TDAH em problemas que, muitas vezes, provêm principalmente do meio familiar e da falta de oportunidades dadas à criança para desenvolver as suas capacidades.
Texto originalmente publicado em amenteemaravilhosa e adaptado pela equipe do blog Educadores.