Enquanto estamos nos recuperando de festas de fim de ano e carnaval, os cidadãos da Finlândia estão esperançosos com uma possível mudança: Sanna Marin, primeira-ministra do país, sugere que a jornada de trabalho obedeça um padrão de 4 dias por semana e 6 horas por dia. Para ela, essa seria a primeira ação que poderia começar uma mudança em relação a visão sobre o trabalho no país.
“Eu acredito que as pessoas mereçam passar mais tempo com suas famílias e entes queridos, realizando seus hobbies e curtindo outros aspectos da vida. Esse pode ser o próximo passo para uma transformação de como vemos o trabalho por aqui”, disse Sanna em entrevista.
Com seus 34 anos, sendo a pessoa mais jovem a assumir o cargo, Sanna tem como prioridade e foco a agenda trabalhista. Além disso, a Finlândia é bastante conhecida pela sua flexibilidade em relação à jornadas de trabalho – em 1996, o governo introduziu uma lei que permitia que o empregado escolhesse o turno que preferia trabalhar, podendo chegar 3 horas mais cedo ou mais tarde que o horário normal – e aparentemente continua em direção à essa modernidade.
Suécia se inspira
Em 2015 a vizinha da Finlândia, Suécia, começou a testar uma jornada de 6 horas de trabalho por dia. De acordo com pesquisas, o nível de felicidade e satisfação dos funcionários aumentou consideravelmente, no entanto o governo acabou gastando mais recursos públicos.
Além de Finlândia e Suécia, a França também tem tentado reestruturar seu sistema laboral. O país reduziu a jornada comum para 35 horas semanais, 4 horas a menos que antes.
E para além dos governos dos diversos países, organizações empresariais também defendem a redução e reestruturação da jornada de trabalho. Em 2019 a Microsoft do Japão revelou que a rotina de 4 dias de trabalho por semana aumentou a produtividade em 40%!
Todas essas mudanças nos fazem pensar sobre a necessidade da jornada padrão de trabalho. Será que 24 horas por semana seria suficiente?
Texto originalmente publicado em infomoney e adaptado pela equipe do blog educadores.live.