A Universidade Federal de Santa Maria, em conjunto com o Museu de La Plata e do Virginia Tech, descobriu e apresentou uma nova espécie de réptil pré-histórico que viveu cerca de 230 milhões de anos. O paleontólogo Rodrigo Temp Muller encontrou o fóssil do animal na cidade de Agudo, no Rio Grande do Sul.
A espécie denominada Dynamosuchus collisensis é considerada parente distante do crocodilo, e media pouco mais de dois metros de comprimento. Tendo vivido no período Triássico, conviveu com os mais antigos dinossauros do mundo. Com o focinho projetado para a frente, o animal possuía uma couraça óssea revestindo todo o dorso, como os jacarés e crocodilos. Apesar do parentesco, eles não eram adaptados para uma vida semiaquática, vivendo predominantemente em terra firme e locomovendo-se com as quatro patas.
Estudos apontam que a espécie possuía uma mordida muito mais forte que a de outros parentes próximos e, juntando isso com o modelo de focinho, tudo indica que eram necrófagos (dieta baseada em animais mortos). Essa forma de mordida é o que gerou o nome Dynamosuchus” que significa crocodilo poderoso, e“collisensis” que é uma adaptação para a palavra “morro” em latim, referenciando o lugar onde o esqueleto foi encontrado, na base do Morro Agudo.
Toda essa descoberta auxilia os pesquisadores a entenderem como eram compostas as cadeias alimentares na época dos primeiros dinossauros e o estudo sobre a nova espécie já foi publicado no período científico Acta Palaeontologica Polonica.
Texto originalmente publicado em historyplay e adaptado pela equipe do blog educadores.live.