Estudo recente revela perigos do alisamento e da tintura capilar
Coisas que aparentemente são tão simples e tão comuns, como tingir e alisar os cabelos, podem esconder um perigo aterrorizante. É o que indica um estudo publicado na revista “International Journal of Cancer”, no dia 03 de dezembro deste ano. O estudo teve como objetivo analisar as relações destes tipos de procedimentos com o aumento no índice de câncer de mama.
Os pesquisadores do estudo afirmaram que foi observado um aumento na probabilidade de desenvolvimento de câncer de mama em quem realizar procedimentos químicos para alisamento e tintura e que o maior grupo de risco são, especialmente, as mulheres negras. Ou seja, os produtos utilizados neste tipo de método colaboram com o desenvolvimento da doença.
O estudo analisou mais de 50 mil mulheres americanas, com idades entre 35 e 74 anos, por 6 anos. Deste número de participantes, 2.794 mulheres foram diagnosticadas com câncer de mama e mais da metade afirmou usar produtos de estética capilar com certa frequência.
Além disso, mais de 50% das mulheres acompanhadas na pesquisa afirmaram ter passado por algum procedimento estético no último ano. O que foi verificado, também, é que as mulheres negras realizam um maior número de procedimentos, tendo três a cada quatro mulheres realizado alisamento químico capilar.
Para os cientistas, a frequência com a qual os cabelos e o couro cabeludo entram em contato com produtos químicos é a chave para entender a ligação da doença com a química capilar, já que as mulheres que tingem os cabelos a cada um mês ou dois meses apresentaram 66% de chances a mais de contrair a doença em relação às mulheres que não tingem.
Dos casos estudados de câncer de mama, 18% estão relacionados com produtos capilares para alisamento.