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Sementes de 2 mil anos de idade dão vida a palmeiras que existiam na época de Jesus Cristo

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Cientistas conseguiram fazer sementes de 2 mil anos germinarem

Cientistas israelenses conseguiram fazer com sementes de dois mil anos de idade descem vida a árvores saudáveis. Estas sementes foram encontradas no deserto da Judeia, no sul de Israel e dão origem a um tipo extinto de tamareira (Phoenix dactylifera).

A tamareira é uma palmeira muito famosa por suas frutas: tâmaras. Há inúmeros relatos históricos que afirmam que a fruta era cultivada na Judeia e era considerada uma iguaria por ser saborosa e doce. Elas eram consumidas apenas por pessoas ricas do Império Romano por seu sabor e pela crença de que continha benefícios medicinais. Porém, com o declínio do Império Romano, a incrível planta começou a ficar extinta. Algumas conseguiram resistir por centenas de anos, mas a partir de 1800, elas deixaram de existir – até agora.

Para conseguirem esta façanha, os cientistas reuniram 32 sementes encontradas em inúmeros sítios arqueológicos da Judeia, como nas cavernas de Qumran (onde foram encontrados os Manuscritos do Mar Morto) e a fortaleza de Massada, elaborada e feita pelo rei Herodes da Judeia. Então, as sementes foram hidratadas por 24 horas e tratadas com hormônios e fertilizantes naturais. Depois foram plantadas.

Foram plantadas ao todo 32 sementes, cujas quais somente 6 brotaram com sucesso. Depois da aplicação da técnica de datação com carbono, foi confirmado de que elas datavam ainda do tempo em que Jesus Cristo era vivo. As plantas foram nomeadas com nomes bíblicos, como: Adão (macho), Jonas (macho), Uriel(macho), Boaz (macho), Judite (fêmea) e Hanna (fêmea).

Apesar do resultado incrível, não foi a primeira vez que a equipe de cientistas conseguiram trazer a vida uma planta milenar. No ano de 2008, eles conseguiram que uma única tamareira crescesse e a batizaram de Matusalém.

Atualmente, a equipe aguarda implantar o polén de Matusalém em Hanna, para que assim nasçam flores nos próximos anos e que o plantio possa ser realizado. Até o momento, a façanha só foi possibilitada por ter sido realizado em laboratório. Sendo assim, é muito cedo para dizer se a planta poderá reocupar o seu ligar na natureza.

A pesquisadora que liderou o grupo de cientistas, Sarah Sallon, acredita que as condições climáticas do Mar Morto possibilitaram a conservação do material genético das sementes.

De fato, estas tamareiras são as plantas originadas das sementes mais antigas que se tem registro.

Fonte: abril