Empatia é a base da intimidade e a conexão mais próxima. Sem isso, nossos relacionamentos seriam emocionalmente superficiais e mais parecidos com uma troca comercial. Já pensou?
É provável que você não perceba a empatia tão descaradamente, pois ela faz parte das características das pessoas e das relações humanas. No entanto, quando há FALTA de empatia, podemos identificar com bastante clareza.
Será que você sabe mesmo o que significa essa palavra “empatia”?
– Empatia não é o mesmo que simpatia
Sentir simpatia não significa necessariamente que nos conectemos emocionalmente com o que a pessoa sente. Podemos nos solidarizar com a situação pela qual alguém está passando sem ter nenhuma ideia de seus sentimentos e pensamentos. Por isso, a simpatia quase nunca energiza nosso comportamento, não nos encoraja a agir. Simpatia não cria conexão.
A empatia vai um passo além porque envolve identificar-se com o que alguém está sentindo e vivenciar esses sentimentos na primeira pessoa.
Simpatia é um sentimento por alguém; empatia implica sentir o que o outro está sentindo JUNTO com ele. Como se fosse você mesmo.
MAS O QUE É EMPATIA?
Quando nos perguntamos o que é empatia, a primeira definição que vem à mente é a capacidade de se colocar no lugar do outro, não é? No entanto, a empatia vai muito além.
Existem diferentes significados de empatia, um dos mais precisos indica que é “a experiência de compreender a condição de outra pessoa a partir de sua perspectiva”. Esse é o famoso “se colocar no lugar do outro”.
Já do ponto de vista antropológico o significado da empatia do ponto de vista individual implica limitá-la. Pesquisas realizadas na Universidade de Amsterdã sugerem que a empatia também depende “do que os outros querem ou podem dizer sobre si mesmos”. Dessa forma, a empatia adquire uma dimensão diádica, o que significa que quem sente empatia é tão importante quanto quem desperta esse sentimento.
Os três tipos de empatia
Existem diferentes classificações de empatia. O psicólogo Mark Davis sugeriu que existem três tipos de empatia.
- Empatia cognitiva. É uma empatia “limitada”, pois só adotamos a perspectiva do outro. Essa empatia implica que somos capazes de compreender e aceitar seus pontos de vista e nos colocar no lugar deles.
- Angústia pessoal. Trata-se literalmente de sentir os sentimentos do outro. Essa empatia entra em ação quando vemos alguém sofrer e sofremos ao seu lado. É devido a um contágio emocional; Em outras palavras, a outra pessoa nos “infectou” com suas emoções.
- Preocupação empática. É sobre a capacidade de reconhecer os estados emocionais dos outros, de sentirmo-nos ligados emocionalmente e, embora possamos sentir um certo grau de angústia pessoal, sermos capazes de controlar esse desconforto e mostrar preocupação genuína. Ao contrário do sofrimento, a pessoa que vivencia esse tipo de empatia se mobiliza para ajudar e confortar, não paralisada por sentimentos.
NÓS NASCEMOS COM EMPATIA OU APRENDEMOS NO DECORRER DA VIDA?
Muitas pessoas pensam que nascemos com empatia, mas, na realidade, empatia é um comportamento que aprendemos. E aprendemos praticando.
Quando vemos a dor dos outros, a transferimos para nossa mente e tentamos entendê-la em nosso próprio sistema de dor e experiências, como provou um estudo realizado na Universidade de Viena. Em outras palavras, nossas emoções e experiências sempre influenciam nossa percepção do afeto ou da dor de outras pessoas.
Mas atenção: outro experimento muito interessante realizado na Universidade de Groningen descobriu que, por mais empáticos que sejamos, não podemos ter uma ideia completa de quanto a outra pessoa está sofrendo.Quando os participantes tiveram a oportunidade de pagar para reduzir a intensidade dos choques elétricos que uma pessoa estava prestes a receber, em média, eles pagaram apenas o suficiente para reduzir a dor em 50%.
Interessante, não é?
Texto originalmente publicado em rinconpsicologia e adaptado pela equipe do blog Educadores.