Desenvolver um senso de identidade e pertencimento é essencial para a transição de seu filho de recém-nascido para um adulto independente e autoconfiante. A questão aqui é como as mães podem ajudar e facilitar esse processo. O primeiro passo, com certeza, é entender a importância da interação social nos pequenos.
Por que essa importância?
A identidade ajuda as crianças a compreenderem quem são e a que lugar pertencem. Isso parece pouco importante pra você? Claro que não.
A identidade é uma característica essencial e integral das pessoas. Tudo que somos hoje, como adultos, é reflexo do que passamos na nossa infância. A interação social nas crianças as ajudará a se conhecerem e a terem um forte senso de identidade. Portanto, é de suma importância que nós também nos responsabilizemos por ajuda-las nesse processo.
A importância das primeiras relações da criança
Os primeiros relacionamentos de uma criança geralmente são com os pais. Por isso, mais uma vez, os pais são os protagonistas nessa criação de identidade. É normal que que pais e filhos tenham conflitos, e quando eles são bem geridos resultam em interações que vão ajudar as crianças a se conhecerem melhor.
O primeiro vínculo da criança é o que se entende por apego, que se estabelece com a mãe (ou seu principal cuidador). Entre as demandas da criança, não estão apenas as de natureza fisiológica, como sono, fome e sede. As crianças também procuram os adultos com a intenção de interagir com eles. Ou seja: as crianças procuram o contato social.
Evolução do desenvolvimento social em crianças
Desde bebês até a idade adulta, é óbvio que as relações sociais vão mudando e se desenvolvendo. Aqui vai alguns dos marcos desse desenvolvimento:
O sorriso social. Isso se origina ao longo do segundo mês de vida do bebê. O sorriso surgirá devido a estímulos internos, como a sensação de bem-estar. Mas posteriormente o bebê começará a usar o sorriso como forma de responder a estímulos externos também.
Formação de apego. Perto do ano de vida, o bebê começará a fortalecer os laços com a mãe ou seu principal cuidador. Este é o primeiro vínculo social profundo estabelecido pelo indivíduo.
Ansiedade de separação: um fenômeno que acontece após estabelecido o primeiro vínculo afetivo profundo. Manifesta-se uma rejeição por não manter esse contato social. A criança não quer estar longe do seu principal vínculo.
Identidade da pessoa não é um mero traço individual
Há um erro em se pensar que a identidade de cada pessoa é algo que nasce com aquele individuo. A identidade é, na verdade, o resultado do conjunto de ações admitidas frente às crianças desde a infância, e nós como pais devemos prestar atenção nisso.
Cuide das relações sociais dos seus filhos desde pequenos. Você verá os frutos posteriormente.
Texto originalmente publicado em soumamae e adaptado pela equipe do blog Educadores.
