Por muito tempo se associou os videogames com pessoas introspectivas, que não eram muito sociáveis. Mas hoje, os jogos são geralmente construídos para interação; e em muitos há um componente de bate-papo que permite que você converse.
O psicólogo comportamental Geert Verheijen, da Holanda, conduziu pesquisas anteriores sobre agressão e cognição no que se refere aos jogos. Desta vez, ele passou três anos estudando o comportamento de jogo de cerca de 600 alunos do sétimo ao décimo ano – quase igualmente divididos por gênero – usando questionários e um estudo observacional em pessoa. Ele não estava estudando os pacientes, mas apenas tentando obter uma leitura da “média, o comportamento de jogo do dia-a-dia dos adolescentes”, disse ele em uma entrevista ao Medical Daily .
A partir desse estudo, o psicólogo descobriu que crianças que jogam sozinhos por longos períodos de tempo sentem-se mais solitários, mas quando jogam de forma interativa com os amigos acontece o inverso.
A mãe de Long Island, NY, Andrea Basile Cavese, disse ao Medical Daily que estava preocupada quando seu filho não teve grandes experiências de fazer amigos na escola primária; ele tinha alguns amigos na escola, mas eles não saíam da escola. Mas ele encontrou “seu povo” quando começou a jogar online. Com o passar dos anos, essas mesmas crianças mudaram para outros jogos e agora estão construindo seus próprios jogos. O filho de Andrea tem agora 14 anos e é o animador das criações do grupo.
“Sempre me preocupei que ele estivesse gastando muito tempo no computador, mas agora vejo um futuro possível para ele”, disse ela.
Alexander Kriss, PhD, psicoterapeuta em Nova York, não está surpreso ao ouvir isso. O autor de The Gaming Mind: A New Psychology of Videogames and the Power of Play , disse ao Medical Daily que acha que o jogo sempre foi injustamente difamado, especialmente depois que os jogos violentos se tornaram um bode expiatório conveniente para explicar o tiroteio de 1999 na Columbine High School. (Por que os meninos se tornariam violentos? Devem ser os videogames!) Na verdade, disse Kriss, isso não tem base científica, e ele está feliz por estarmos finalmente começando a resistir ao preconceito negativo.
“A interação social vem com novas regras, barreiras e ansiedades. Tarefas diárias simples são infundidas com questões de risco e segurança ”, disse o Dr. Kriss. “Algumas atividades e locais são simplesmente inacessíveis. Os jogos podem fornecer uma maneira para crianças e adultos entrarem em contato com aqueles aspectos importantes da vida real – interação social, habilidades de aprendizagem, cumprimento de metas, diversão – enquanto permanecem contidos na segurança do espaço virtual. ”
Texto originalmente publicado em medicaldaily e adaptado pela equipe do blog Educadores.
