As palavras ferem
Ser sincero não é ser inconveniente. A sinceridade não tem haver com ferir o outro. O que acontece é que muitas pessoas confundem ser verdadeiro com ser maldoso e isso machuca.
É preciso saber até onde a sua opinião é válida e até que ponto ela é verdadeira. É preciso entender que ninguém é obrigado a pensar como você pensa e que cada um tem uma experiência de vida diferente. O que pode ser bom para você, é ruim para os outros e o que pode ser ruim para os outros pode ser bom pra você.
Dizer aos outros que você é verdadeiro não te dá o direito de sair falando o que vier a cabeça. Isso é falta de educação, de empatia e compaixão. Você não é livre para ferir por ser “sincero”.
A sinceridade tem haver com não mentir, não esconder e ser sincero quando há algo que diz respeito a você. Ser uma pessoa verdadeira é ser uma pessoa honesta consigo e com os outros. Se trata de ser uma pessoa justa, sem máscaras, porém não significa que é necessário deixar a importância com o próximo de lado. Pelo contrário, como dito anteriormente, ser uma pessoa verdadeira significa ser uma pessoa justa com aquilo que é certo e com o que é coerente.
Nossa opinião é bem vinda naquilo que nos diz respeito. Você não precisa ficar falando o tempo todo o que você acha de tudo. A roupa que o outro usa, a pessoa que ela namora, o corte de cabelo do colega, nada daquilo que não afeta diretamente precisa da sua opinião, muito menos quando ela é maldosa.
É claro que muitas vezes as pessoas pedem a nossa opinião de algo e querem saber o que pensamos. Neste caso devemos ter a consciência de que para tudo há um jeito de ser dito. Se alguém perguntar o que você achou da roupa vermelha dela e você não se agradar, por exemplo, dizer “é lindo, mas prefiro o azul” é muito mais agradável do que fazer uma cara feia e dizer “não gostei”. São nos detalhes que a empatia brilha.
Ser grosseiro e antipático dirá muito mais sobre você do que sobre o outro.