Rebecca Rolland, uma psicóloga, escritora e professora de Harvard, EUA, em uma entrevista ao El Pais, compara nossa situação atual à história de Momo – a personagem criada por Michael Ende, famosa pela sua habilidade inata de realmente escutar.
Em seu livro recente, “The Art of Talking with Children“, Rolland argumenta que nossas conversas com crianças são frequentemente superficiais ou logísticas. Mas a verdade é que essas pequenas interações podem se transformar em grande aprendizado.
Rolland diz que o segredo reside em eliminar os “ladrões de tempo”, que nada mais são que uso excessivo de tecnologia. Se forem eliminados e substituídos por conversas profundas e envolventes, muito se obtém destes momentos.
A profundidade e conectividade nos momentos com as crianças são o que a inspiram e fortalecem seus laços familiares. Quando conversamos de verdade com nossos filhos não só fomentamos o desenvolvimento deles, mas também despertamos nossa própria capacidade de se maravilhar.
Quando damos mais atenção aos “ladrões de tempo” – telas de smartphones, especialmente – Rolland argumenta que é como se estivéssemos programando as crianças para agirem roboticamente.
A arte da escuta
Se ensinarmos às crianças a arte da escuta, estaremos preparando-as para se comunicarem efetivamente, seja com os colegas, professores ou conosco.
Por isso é importante se investir em tempo de qualidade.
Texto originalmente publicado em misteriosdomundo e adaptado pela equipe do blog Educadores.