Início Bem estar O que você precisa saber para lidar com o processo de luto

O que você precisa saber para lidar com o processo de luto

450
0

É impossível você não passar por um processo de luto, nem que seja pelo menos uma vez na vida. Infelizmente é uma realidade que todos precisamos enfrentar. Algumas pessoas lidam melhor que as outras, mas sempre em algumas formas de se enfrentar esse processo que pode favorecer você e os demais que o rodeiam.

Hoje vamos falar um pouco sobre isso.

O que é luto?

O luto é o processo emocional de vivenciar uma perda. Geralmente é causador de angustias devido ao falecimento de alguém, mas também pode estar associado a outras perdas como falecimento de um negócio, término de relacionamentos, e etc. Isso por que o luto está relacionado à perda, não necessariamente à morte.

O luto deve ser vivido

Luto também deve ser vivido e compreendido para que possamos restabelecer nosso equilíbrio emocional interno. Para algumas pessoas ele é mais difícil que para outras, mas isso faz parte do ser humano, afinal somos todos bem diferentes uns dos outros. E o processo acaba sendo totalmente individual.

Expressar o luto pode ser por choro, tristeza, raiva e ansiedade. Também pode ser vivido de forma silenciosa, como se nada estivesse acontecendo quando na verdade o interno da pessoa está despedaçado. Outros ficam em estado de choque, não reagem com emoções, e são até acusados de insensíveis. Mas a realidade é essa: cada ser humano tem uma forma de reagir ao luto, não há uma maneira correta.

As 5 etapas do luto com exemplos

É importante sabermos as etapas do luto para que consigamos compreender o processo e acolher ele, para que possamos vive-lo, sentí-lo e aceita-lo. Assim é mais fácil superar a perda e essa fase da vida.

Estágio 1: negação

Quando não se aceita a realidade. É quando não caiu a ficha ainda e você se nega a aceitar. É um mecanismo de defesa comum do ser humano, é a primeira etapa antes de começar a compreender que nada será como antes.

Exemplos do estágio de negação

“Ele (ou ela) terminou comigo, mas é só porque está com a cabeça quente.”

Estágio 2: raiva

A raiva é a tentativa rebelde de mascarar emoções. A pessoa fica com raiva do ente falecido porque a deixou, do chefe que a demitiu, do romance encerrado, e por aí vai. Só é possível ter uma reação mais racional quando nos permitimos viver essa raiva.

Exemplos do estágio de raiva

“Quando você se arrepender disso, eu não estarei mais aqui!”

Estágio 3: negociação

Essa é a etapa em que o ser humano começa a tentar reestabelecer o controle da situação. Também é uma etapa natural do ser humano. Aqui a pessoa tenta encontrar resoluções para o problema alternativos, mesmo que sejam impossíveis. Um exemplo é quando perguntam o que poderia ter sido feito diferente, ou quando buscam em orações para que a perda seja revertida.

Estágio 4: depressão

Depois de tudo isso, é quando somos golpeados com a realidade de que a perda realmente aconteceu, nada será como antes, e não há o que possa ser feito para reverter a situação. É aí que ficamos desolados, desamparados, nos sentimos pequenos frente a dor que nos atinge.

É comum que venha a depressão com a perda. Ela também deve ser vivida, sentida, para poder ser superada.

Exemplos do estágio de depressão

“Que motivos eu tenho para seguir em frente sem ele (ou ela)?”

Estágio 5: aceitação

A aceitação não é o mesmo que estar bem. Essa fase é simplesmente o fato de aceitar, estar resignado. Aconteceu e não há nada mais que possa ser feito além de seguir em frente. É assim que funciona o pensamento quando atingimos a fase de aceitação. É quando estamos finalmente prontos pra começar a nos reestabelecer emocionalmente.

Exemplos do estágio de aceitação

“Pelo menos pudemos conviver e eu pude dizer o quanto a (o) amava.”

Entendendo as etapas do luto e alguns exemplos de cada uma você consegue identificar em que etapa está e acolher isso. Assim você vive um dia de cada vez, dando um passo de cada vez, até chegar o momento de recomeçar.

Texto originalmente publicado em zenklub e adaptado pela equipe do blog Educadores.