Em 1928, uma mãe sofreu muito com o desaparecimento do seu filho. O menino Walter Collins de apenas 9 anos simplesmente desapareceu, não estava em lugar algum. E com o passar dos dias, sua mãe sofria cada vez mais.
Em 10 de março de 1928 Christine Collins descobre que seu filho está sumido. A polícia acionada desconfiava que a criança havia apenas fugido para algum lugar, enquanto a mulher temia o pior. Como não acreditava na hipótese de fuga, a mãe do garoto levantou a possibilidade de sequestro e a polícia momentaneamente se desdobrou para encontrá-lo nas ruas de Los Angeles.
Após muitas buscas, uma vizinha, sra. Baker, alegou ter visto Walter em um automóvel, aparentemente assustado e talvez pedia por ajuda. Estava na companhia de 2 pessoas de aparência estrangeira. Além da sra Baker, outros vizinhos alegaram terem visto dias antes um homem de descendência italiana a procura do endereço da família.
Mesmo com os relatos, não havia se quer indícios de onde o menino poderia estar, ou de quem poderia o ter levado. Meses se passaram e Christine estava cada vez mais desestabilizada com o desaparecimento do filho. Até que, 5 meses depois, um milagre aconteceu: o garoto havia sido encontrado em Illinois.
Mas a felicidade durou pouco.
O RETORNO DE UM MISTERIOSO GAROTO
A reunião da mãe e do filho estava sendo ansiosamente esperada. O garoto havia sido colocado em um trem direto para os braços da sua família. No entanto, quando o garoto desceu do trem, Christine logo reparou que não se tratava de seu filho.
Com isso, claramente a mãe encontrou em desespero. Como poderiam trazer o garoto errado?
Mas J. J. Jones, capitão da polícia, se recusava a acreditar em Christine, não admitindo erro algum por parte dos seus colegas. Jones explicou à ela que o garoto mudou em função dos meses longe, mas não a convenceu. Mesmo assim, Christine não concordou nem aceitou a fala do capitão, pois reconhecia seu próprio filho e sabia que aquele na sua frente não se tratava dele.
Mesmo assim, Jones insistiu para que a mulher levasse para casa o garoto e assim retomasse, aos poucos, a boa memória. Com a pressão do público e da polícia, contra seu agrado, Christine levou o menino para casa. O garoto frequentemente era questionado sobre como foi parar em Illinois, mas não dava respostas concretas.
A GARRA DE UMA MÃE
Christine não aceitaria aquela situação, nem o paradeiro desconhecido de seu real filho. Com isso, tentou provar que não se tratava da mesma pessoa a partir de registros dentários de Walter. Os registros, de fato, mostravam diferenças entre o sorriso dos dois meninos, no entanto a polícia não aceitou mudar sua versão.
Como Christine representava ameaça ao seu trabalho e reputação, Jones tomou uma atitude drástica: mandou internar a mãe do garoto em um sanatório, onde foi obrigada a tomar medicamentos que não lhe convinham.
Dez dias após, o menino que morava com Christine assumiu não ser Walter. Na verdade seu real nome era Arthur Hutchins Jr. E, ao ser questionado do por quê se passou por outra pessoa, o menino alegou ser a única maneira de aproveitar a chance de ir para Los Angeles e estar mais próximo de famosos e do cinema.
O SUPOSTO SEQUESTRADOR
Enquanto isso tudo acontecia, na Califórnia a polícia conseguiu um avanço no caso: homem chamado Gordon Northcott poderia ter assassinado o garoto desaparecido junto com outras crianças. Sendo assim, a polícia foi até a fazenda de Gordon e encontrou corpos de vários garotos, menos de Walter.
Christine Collins ganhou na justiça, posteriormente, indenização de US $ 10.800 contra a polícia em função do que passou. No entanto, Jones nunca chegou a pagar o valor combinado e recebeu apenas 4 meses de suspensão pelo que havia feito.
Mas o principal motivo disso tudo – o filho – jamais foi encontrado. Seguiu como um misterioso caso sem solução.
Texto adaptado de tricurioso