A mulher de 40 possui uma beleza singular
Aos 40 anos, as mulheres se entendem mais, se sentem mais completas, mais seguras e possuem mais sabedoria. Mulheres, quando chegam aos 40, cantam, dançam, se divertem, mas com responsabilidade e com sensualidade. Elas se sentem entusiasmadas e livres para serem tudo aquilo que desejam ser. Entendem que a feminilidade não está apenas onde os olhos podem ver, mas também nas emoções, na memória e na vitalidade que carregam no coração.
Elas não se preocupam tanto com o corpo ou com as performances, mas sim estão interessadas na sua intimidade e em tudo aquilo que preenchem os espaços vazios, que não são muitos, afinal, o amor próprio que sentem as complementam de toda forma.
Pois é, as mulheres de 40 são diferentes. Não agem de forma descontrolada ou impulsiva e apesar disso, se dão o direito de viverem e de serem felizes. Não há culpa em se permitirem afetos ou experiências amorosas. Seja em um romance de anos, seja em uma noite de prazer, elas são o que são e se sentem felizes assim.
“A mulher de 40 não diminui o ritmo da intimidade.Pode ler um livro com a intensidade de um momento íntimo. Pode assistir um filme e conversar com a mesma intensidade. Ela não tem um momento para a sensualidade, a sensualidade é todo momento.
Tomar o café da manhã não é apenas um desjejum, tem a sua identidade, o seu ritual, um refinamento da história de seus sabores. Tomar o café da manhã com uma mulher de 40 anos é participar de sua memória, de suas escolhas.
Ela não precisa mais provar nada. Já sofreu separações, e tem consciência de que suporta o sofrimento. Já superou dissidências familiares, e tem consciência de que a oposição é provisória. Já recebeu fora, deu fora, entende que o amor é pontualidade e que não deve decidir pelo outro ou amar pelos dois.
A mulher de 40 anos, cansada das aparências, cometerá excessos perfeitos. É mais louca do que a loucura porque não se recrimina de véspera. É ainda mais sábia do que a sabedoria porque não guarda culpa para o dia seguinte.
A beleza se torna também um estado de espírito, um brilho nos olhos, o temperamento. A beleza é resultado da elegância das ideias, não somente do corpo e dos traços físicos.
Encontrou a suavidade dentro da serenidade. A suavidade que é segurança apaixonada, confiança curiosa.
O riso não é mais bobo, mas atento e misterioso, demonstrando a glória de estar inteira para acolher a alegria improvisada, longe da idealização, dentro das possibilidades.
Não existe roteiro a ser cumprido, mapa de intenções e requisitos.Há a leveza de não explicar mais a vida. A leveza de perguntar para se descobrir diferente, em vez de questionar para confirmar expectativas.
A mulher de 40 é a felicidade de não ter sido. É a felicidade daquilo que deixou para trás, daquilo que negou, daquilo que viu que era dispensável, daquilo que percebeu que não trazia esperança.
Seu charme vai decorrer mais da sensibilidade do que de suas roupas.
O que ilumina sua pele é o amor a si, sua educação, sua expressividade ao falar.
A beleza é vaidosa da linguagem, do bom humor. A beleza é vaidosa da inteligência, da gentileza.
Depois dos 40 anos não há depois, é tudo agora.”
*Texto de Fabrício Carpinejar – Publicado na Revista Isto É Gente – Março de 2014 p. 50 – Ano 14 Número 706
A mulher de 40 possui uma beleza única e diferente. Ela carrega em cada linha de expressão muito mais do que uma jovialidade vazia, porque ela é completa, mesmo que ainda acredite que ainda precisa aprender e conquistar muita coisa. Ela sabe o que possui no seu coração, sabe da energia que carrega a sua alma e sabe que em seu coração carrega uma bagagem valiosa, que não se pode medir, tocar e nem sentir.