Todo pai e toda mãe tem o desejo de ofertar o mundo para seu filho. Alguns se dedicam a comprar os melhores brinquedos, outros economizam dinheiro para colocá-lo na melhor escola; entre outras inúmeras atitudes que caracterizam os pais como verdadeiras pessoas preocupadas com o futuro de seus filhos. Mas há uma coisa que ninguém sabe ou não costuma lembrar: a leitura.
De acordo com a economista e escritora Emily Oster, especializada no tema de criação de filhos, ler em voz alta é a única ação que tem efeito comprovado no futuro da criança.
Dois estudiosos da educação infantil, Betty Hart e Todd Risley, publicaram em 1995 o livro “Meaningful Differences in the Everyday Experience of Young American Children”, que relaciona a interação dos pais com os filhos em casa ao seu estímulo para falar e se desenvolver bem. Nesse estudo há a evidência de que aos 3 anos, crianças de famílias de baixa renda tinham escutado 30 milhões de palavras a menos que crianças de famílias ricas. Mas o que isso significa? Bom, que as crianças que ficavam em desvantagem educacional, tinham uma performance escolar pior, além de ter um desenvolvimento de vocabulário menor.
Outro estudo, realizado por um time de neurocientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT), publicado em 2018, comprovou as descobertas de Hart e Risley e trouxe novas conclusões: mais importante do que a quantidade de palavras trocadas, é a qualidade. Conversar com os filhos aciona áreas do cérebro associadas a habilidades verbais, o que contribui para uma melhora no desenvolvimento cognitivo da criança.
TECNOLOGIA? NÃO SEI, NÃO…
Consumir conteúdo pela televisão ou aplicativos tecnológicos não é capaz de obter o mesmo efeito. A troca de comunicação com os pais por que envolve mais do que ensinar palavras: faz eles prestarem atenção nas pessoas e despertam sentimentos.
Para isso, nada melhor que a leitura! Ler para seu filho estimula o desenvolvimento da empatia, favorece o diálogo e a aprendizagem.
Texto originalmente publicado em quindim e adaptado pela equipe do blog Educadores.