Entende como e por qual motivo isso acontece
Pessoas que sofrem com depressão podem, por vezes, sentir que estão com a memória fraca e podem até não conseguir se lembrar de momentos e acontecimentos. Porém, o que muitas pessoas não sabem, é que a perda da memória é comum para pessoas com depressão.
Quando o nosso cérebro está deprimido e triste, ele acaba se desconectando da realidade em partes, para poder, de algum modo, nos proteger daquilo que está nos “machucando”. Portanto, ele reage com uma tempestade neuroquímica, que atua como um bloqueio pro mundo exterior e nos traz a percepção de realidade indefinida. Desta forma, o indivíduo fica incapaz de manter a concentração, ter boa memória, entre outros.
A depressão é uma doença que faz com que a pessoa não sinta felicidade e faz com que ela tenha vontade de ficar apenas parada, deitada e sem convívio social. Ela é um distúrbio psicológico que ocasiona a necessidade de silêncio, a sensação de desamparo e de desânimo.
Para muitas pessoas, a depressão vira uma doença escondida, pois é necessário que elas enfrentem as suas responsabilidades diárias, mesmo que esta ferida invisível interfira de maneira direta em todos os aspectos da vida do indivíduo.
Esta condição causa uma enorme desordem interna, causando cansaço físico, apatia, desesperança e, acima de tudo, deterioração do funcionamento cognitivo. Este é um dos aspectos mais relevantes e o que menos é falado, mas é essencial levá-lo em consideração para que seja possível construir uma abordagem terapêutica um pouco mais abrangente, sensível e adequada.
Por que você perde sua memória em um episódio de depressão?
Pessoas depressivas podem encontrar dificuldades para entender e dar instruções, para compreender o que se ouve e o que se lê e podem até, simplesmente, esquecer onde estão ou para onde estão indo.
Porém, isso tudo vai além do simples esquecimento. Conviver com isso é viver dentro de uma névoa mental, onde tudo o que nos cerca parece muito distante ou difuso para poder focar toda a nossa atenção e compreensão.
Mas a grande questão é: por que tudo isso acontece?
O estresse é um fator que promove o risco de depressão. O sentimento de ameaça, pressão, medo, angústia, entre outras sensações, acabam promovendo a liberação de glicorticoides, conhecido também como “cortisol”.
Quando há esta liberação, o cérebro é comandado pelo impacto do cortisol, que age acelerando os neurônios e promovendo o excesso de preocupação e pensamentos obsessivos.
Essa hiperatividade é ocasionada de forma muito gráfica. Para evitar essa superativação neural e a exaustão dos mesmos até a morte, essas células passam a se desconectar.
Quando isso acontece, as informações deixam de ser transmitidas com tanta agilidade, o que faz com que a pessoa acabe esquecendo coisas e fique com a memória fraca. O cérebro desacelera para entrar no modo de pausa.
Como evitá-lo?
Nenhuma pessoa é igual, então cada pessoa sente depressão de uma forma diferente. Se a depressão for mais leve, esse déficit cognitivo pode ser recuperado através de exercícios, terapias cognitivas, grupos de autoajuda, entre outros.
Porém, existem casos graves, onde se faz necessário uma estratégia multidisciplinar, onde a abordagem farmacológica é combinada com a terapia psicológica. Com isso, se tem um foco na memória de trabalho e até se pode fazer uso de suplementos dietéticos à base de magnésio e vitaminas B.
Fonte: ignisnatura