O Instituto Butantan, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e o Hemocentro de Ribeirão Preto, desenvolveu um tratamento promissor para certos tipos de câncer. A terapia celular CAR-T, já utilizada em outros países, está sendo estudada para possível inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil.
O que é essa terapia?
Ela consiste na modificação das células T do próprio paciente em laboratório, a fim de capacitá-las a reconhecer e atacar as células cancerígenas. Os resultados tem sido muito encorajadores, e colocou a pesquisa num patamar revolucionário.
Atualmente, a terapia CAR-T é oferecida a alguns pacientes em estágios avançados da doença, sendo considerado um tratamento experimental e fora dos protocolos regulares.
Um caso emblemático é o do paciente Paulo Peregrino, que obteve remissão completa de um linfoma apenas um mês após receber essa terapia. Ele estava em estágio avançado da doença, e como não havia mais outras opções disponíveis, ele resolveu se submeter ao tratamento experimental.
O grande desafio é tornar essa terapia acessível em larga escala pelo SUS, de forma que todos os pacientes que necessitam possam se beneficiar dela. Um dos principais obstáculos para isso é o alto custo: atualmente o tratamento chega a custar 2 milhões de reais. Para que essa terapia possa ser disponibilizada de forma gratuita e abrangente, é necessário buscar alternativas para redução do seu custo.
Apesar dos desafios, os resultados promissores obtidos até o momento e o potencial transformador da terapia celular CAR-T trazem otimismo para o futuro do tratamento do câncer no Brasil. Torcemos para que cada vez mais se torne mais acessível à toda população.
Texto originalmente publicado em psicologiasdobrasil e adaptado pela equipe do blog Educadores.