Os anos passam, a ciência evolui e continuamos obcecados com o estudo da inteligência. Atualmente, os pesquisadores têm demonstrado um forte interesse em descobrir se existem traços em comum entre as pessoas superdotadas que possam defini-las.
Juntamos aqui algumas características muito curiosas que situam quem tem uma inteligência acima da média. Vamos conferir?
1. Ser o primogênito
Um estudo recente realizado na Universidade de Leipzig (Alemanha), no qual se analisou uma amostra de 20.000 crianças de até três nacionalidades, concluiu que a ordem dos irmãos não influi na personalidade, mas sim na inteligência, que aumenta levemente no caso dos mais velhos.
2. Estudar música durante a infância ou adolescência
As crianças que estudam música desde tenra idade pertencem a esse grupo de pessoas notavelmente inteligentes. María del Carmen Reis Belmonte, música, docente e pesquisadora, explica melhor isso em sua tese, realizada na Universidade de Valência (Espanha): A música influi na inteligência do aluno, cria conexões a partir de seu próprio sentido de ser. Trabalha conceitos matemáticos e linguísticos ou conhecimentos do ambiente que o rodeia”.
A sua pesquisa comprovou que qualquer criança melhora seu rendimento quando estuda música, e ainda mais aquelas que se dedicam à sua aprendizagem em nível extraescolar.
3. Preocupar-se com frequência
A psicóloga e professora da Stanford University Kelly McGonigal se retrata de suas afirmações anteriores nas quais vinculava o estresse com uma doença, afirmando agora que “o estresse só é ruim se nós mesmos acreditarmos que seja”.
Segundo ela, “As pessoas que vivem o estresse como uma oportunidade de superar desafios conseguirão, além disso, melhorar sua inteligência emocional e sua resiliência”.
A autora ainda explica cientificamente suas afirmações, dizendo que tudo isso ocorre por causa da oxitocina, hormônio produzido em casos de estresse, que também aprimora os instintos sociais e nos prepara para fortalecer relações próximas.
4. Beber álcool, mas não fumar
Um estudo do Centro de Estudos Longitudinais no Reino Unido analisou quase 7.000 pessoas que tiveram seu quociente de inteligência (QI) medido aos 11 anos e, posteriormente, aos 42. Ficou confirmado que os mais preparados na infância consumiam agora mais álcool.
Já com o tabaco, segundo um experimento realizado no hospital Sheba Medical Center de Israel em 2010, ocorre exatamente o contrário.
5. Ter um gato
Um estudo realizado em 2014 na Carroll University, em Wisconsin (EUA) analisou 600 estudantes universitários, todos com um animal de estimação, para revelar que os que criavam um felino tinham um QI superior, comparado àqueles que criavam cães. Denise Guastello, a autora do estudo, explicou que provavelmente os resultados se devam à personalidade dos sujeitos: os que preferem os gatos passam mais tempo em casa, cultivando seu cérebro com longas leituras.
Texto originalmente publicado em brasil.elpais e adaptado pela equipe do blog Educadores.