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Crianças precisam ser felizes, não serem as melhores

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Cada vez mais a sociedade é competitiva. E tem sido ensinado a competitividade de forma positiva desde muito cedo, para que as crianças encarem a competição como algo bom, e não se forma agressiva. No entanto, esse caminho tem se tornado perigoso pois muitos pais estão transformando a educação em pressão contínua por perfeição.

Os pais se preocupam que seus filhos consigam ser bons na vida, ter bons empregos, boas relações. Então tentam, desde pequenos, educa-los para jamais ficar para trás. O que esquecem, no entanto, é que estamos falando de crianças. E crianças precisam ser felizes, não serem as melhores.

Dar liberdade e espaço para que a criança encontre seu próprio caminho é fundamental para que eles se tornem adultos de sucesso. Pode parecer que a pressão está tendo bons efeitos, mas são efeitos a curto prazo. Na verdade, essa pressão acaba por limitar a criatividade e autonomia do seu filho, o que impede que ele explore suas melhores qualidades e garanta um futuro se sucesso real.

Perigos de pressionar as crianças:

– Rouba a infância delas: crianças devem aprender e ter um tempo dedicado à isso, mas elas também precisam brincar, precisam de lazer. Esse é o objetivo principal da infância. É fundamental que a criança tenha infância.

– Perda de autoestima: O nível de perfeccionismo ao qual são submetidos muitas vezes afeta a autoestima. Acabam sempre achando que estão inferiores ao padrão que deveriam seguir, e isso psicologicamente falando é muito prejudicial.

Orientações e recomendações aos pais:

– Pai e mãe: cada criança tem seu ritmo de aprendizado e é fundamental que você respeite isso. Dedique alguns minutos do seu dia para fazer atividades de aprendizado que sejam leves e gostosas, como por exemplo ler com seu filho. Jamais use as notas em avaliações escolares para definir a felicidade e o desempenho do seu filho, isso jamais deve ser medido dessa forma. E jamais esqueça: a criança merece ser feliz, e não ser a melhor. Ela terá muito tempo para se destacar pelas suas próprias virtudes, e não pela pressão exercida pelos pais. Pense nisso.

Texto originalmente publicado em psicologiasdobrasil e adaptado pela equipe do blog Educadores.