Aquele que trai não tem empatia pelos sentimentos do outro. Não consegue ter noção da dimensão do buraco que cava no peito daquele que foi traído.
Quando você trai, você marca aquela pessoa com a desconfiança. É subestimar a inteligencia daquela pessoa.
A dor da traição é extremamente complexa, porque quebra os alicerces sobre os quais foi construída a relação. O interior daquele que foi traído jamais voltará a ser igual.
Ficamos frágeis, confusos, com dificuldade em discernir o que é real, do que é ilusão destruída.
Mas a pior parte de toda a traição é a dor. Dói por inúmeras razões. Dói porque é desnecessário, dói porque diminui a importância da história partilhada, dói porque não há nada que justifique a quebra de confiança.
A traição é a escolha mais covarde, pois é a escolha pelo caminho mais fácil. É arrastar para dentro de um buraco o que deveria ser honrado e ter valor.
Mas no final, o melhor a se fazer, é deixar que a a ferida cicatrize com o tempo – e cada um tem o seu tempo. É importante seguir em frente, e deixar que o outro aprenda sozinho que ele tinha outra escolha, só não quis fazê-la.
Depois que tudo isso acontece, devemos projetar um modelo mais saudável de relação para nosso futuro. Não devemos nos afastar das pessoas, nem pensar em viver o resto da vida sozinhos. Todos somos diferentes e, portanto, não é por que alguém te machucou que outro irá machucar. Mas é imprescindível que tenhamos claro em nossa mente o que aceitamos pra nós mesmos e o que não queremos mais.
Uma das principais causas do divórcio no Brasil é a infidelidade.
No Brasil ocorrem 1.200 separações por dia (dados do IBGE de 2014: 950 casamentos em cartório e 250 uniões estáveis) e não é por acaso que a traição é a segunda causa de divórcio.
Texto originalmente publicado em coruja-prof.blogspot e adaptado pela equipe do blog Educadores.
